Um homem foi preso suspeito de atear fogo na casa da vizinha, no Bairro Ouro Verde, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, segundo a Polícia Militar (PM). O incêndio ocorreu na noite de segunda-feira (5).
De acordo com a vítima Thaís Carolini de Souza, os motivos do suspeito ter colocado fogo na casa é homofobia e racismo.
Ela contou que o vizinho não aceita o relacionamento dela com outra mulher e que se incomoda com a presença de outros homossexuais no local.
“Depois de tudo isso a gente acha que é racismo, homofobia porque ele não gosta, ele não pode ver meus amigos lá em casa, a gente tem muitas amigas assim. Ele incomoda com tudo ultimamente, ele não pode ver a gente, ele passava na frente de casa encarando a gente”, disse a vítima.
A advogada de defesa do suspeito, Andreia Maria, disse que toda a situação se trata de um desentendimento entre vizinhos e que o cliente dela não é racista e nem homofóbico.
“Da outra vez que houve confusão, que elas também alegaram isso, ele falou que não tinha problema de homofobia, que ele tinha casos na família dele de pessoas que são homossexuais. Na família dele ele não é loiro, o filho dele é moreno, isso não procede.” As vítimas moram juntas há mais de um ano e tiveram a casa inteira destruída. O casal fez um boletim de ocorrência, e a Polícia Civil investigará o caso.
Após o incêndio, o vizinho foi preso em outro bairro da cidade pela Polícia Militar (PM). Testemunhas relataram à polícia que viram o suspeito colocando fogo na casa.
Na Delegacia de Foz do Iguaçu, os policiais relataram que o suspeito estava dirigindo bêbado e, por isso, também pode responder por embriaguez ao volante.
O casal informou ainda que haverá uma audiência para tratar de outro caso de ameaça, em que o vizinho tentou atropelar uma das vítimas e usou uma faca.
A situação ocorreu há cerca de 20 dias e, à época, o homem foi ouvido na delegacia e liberado.
“Ele entrou na minha casa com uma faca na mão. Foi o tempo deu puxar ela [a companheira] para dentro e trancar a porta. Ele meteu o pé na porta, que a porta chegou a entrar, quebrou os vidros da minha porta”, contou Carolini.
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