O homem apontado por ameaçar um casal homossexual que andava de mãos dadas na madrugada do réveillon em Balneário Camboriú, no Litoral Norte, foi identificado pela polícia. Segundo o delegado Ricardo Marcelo Casarolli, o suspeito de agressão tem 23 anos e registro de atos infracionais quando adolescente. Ele será interrogado no inquérito para verificar se houve crime de homofobia.
“Ele tem vários registros quando era menor […] foi determinada algumas buscas na época”, disse Casarolli. O nome do suspeito não foi divulgado.
Segundo a Polícia Civil, primeiro serão ouvidas as vítimas e testemunhas. Como o casal agredido e parte de testemunhas moram em Curitiba (PR), as respostas às perguntas da Polícia Civil poderão ser feitas por e-mail videoconferência. Não há previsão de quando o caso será finalizado.
Segundo o ator Bruno Cardoso, de 23 anos, que relatou o caso nas redes sociais, ele voltava da praia com o namorado de 22 anos e outros amigos quando um homem disse que iria “atirar uma garrafa contra o casal”. Cardoso afirma que a ameaça ocorreu por homofobia, já que os dois estavam de mãos dadas. Parte da discussão foi gravada.
Além de aguardar o final do inquérito policial, Cardoso disse nesta sexta-feira (8) que estuda entrar com um processo judicial por danos morais contra o agressor.
“Estamos tentando encontrar um meio de que ele pague de alguma maneira, até com serviço social, não sei, mas que o caso não passe impune”, disse. Após as imagens da agressão viralizar nas redes, Cardoso disse que está assustado por causa do episódio.
“Tirando a parte de ter um pouco de receio de andar de mãos dadas na rua, acho que eu estou mais tranquilo, mas em relação ao medo ainda fica um pouquinho. Que a gente não estava sozinho eu já sabia, mas eu vi que tem muita gente ao nosso lado”, afirmou. Boletim de ocorrência Cardoso fez um boletim virtual no sábado (2). Dois dias depois, antes de voltar para Curitiba (PR), onde mora, Cardoso foi até a delegacia e anexou o vídeo à denúncia.
Segundo o delegado Casarolli, pelas imagens há o crime de ameaça e injúria simples. No entanto, a investigação analisa se há elementos que provem a injúria qualificada pelo preconceito. “Não está expressa no vídeo, o que não quer dizer que não tenha acontecido antes das gravações das imagens”, explicou.
Fonte:G1/NSC
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