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Arqueólogos acham túmulo de homem não Binário de mais de 900 anos na Finlândia

Em 1968, arqueólogos da Finlândia desenterraram uma sepultura de aproximadamente 900 anos do que aparentava ser um líder de uma pequena comunidade e, junto ao corpo, havia roupas de mulher com uma espada. Assim, cientistas chegaram a uma primeira suposição de que se tratava de uma antiga guerreira local. 

Corpo encontrado na Finlândia pertence a uma pessoa não binária.

Entretanto, em 2021, mais de meio século depois que o túmulo foi encontrado, uma análise de DNA revelou que o corpo não é binário, isso significa que ele nasceu com um conjunto incomum de cromossomos. Com isso, cientistas acreditam que o organismo tinha 2 cromossomos X e 1 cromosso Y, uma condição conhecida como síndrome de Klinefelter, na qual, geralmente, as pessoas têm características masculinas, mas com níveis baixos de testosterona.

O túmulo com cerca de 2 mil anos é uma prova de como pessoas não-binárias podem ter sido valorizadas e respeitadas da comunidade medieval. Durante um projeto de escavação para um cano d’água, o túmulo foi descoberto pela primeira vez em 1968. Nele, foram encontradas joias e pedaços de roupas de lã, que seriam de um traje feminino típico da época, segundo os pesquisadores.

Na sepultura, duas espadas também foram encontradas, sendo uma sem cabo colocada no lado esquerdo e outra, provavelmente depositada em uma data posterior. Esses acessórios muita das vezes estavam associadas à masculinidade.

Durante décadas o túmulo de Suontaka foi considerado um sepultamento duplo, de um homem e uma mulher, e que havia evidências de que fortes líderes femininas, até mesmo guerreiras, existiam no início da Finlândia medieval.

No entanto, o estudo confirmou que apenas uma pessoa havia sido enterrada na sepultura. Resultados preliminares sugeriram que o indivíduo não possuía cromossomos X e Y esperados para um típico indivíduo do sexo masculino (XY) ou do sexo feminino (XX).

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