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Cinco anos depois do crime, governo apresenta projeto que institui 14 de março como data nacional em homenagem a Marielle Franco

NESTA TERÇA-FEIRA, 14 DE MARÇO, SE COMPLETARAM CINCO ANOS QUE A VEREADORA MARIELLE FRANCO FOI ASSASSINADA A TIROS NO RIO DE JANEIRO. DEPUTADOS COMENTARAM A DATA EM PLENÁRIO, E A APRESENTAÇÃO DE UM PROJETO QUE CRIA O DIA NACIONAL MARIELLE FRANCO DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA POLÍTICA. O REPÓRTER ANTONIO VITAL TEM OS DETALHES.

Cinco anos depois do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, o governo federal enviou ao Congresso projeto de lei (PL 1086/23) que institui 14 de março como o Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento da Violência Política de Gênero e Raça.

Marielle e o motorista que a conduzia, Anderson Gomes, foram executados a tiros na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. Ela tinha acabado de sair da instituição Casa das Pretas, onde deu palestra para jovens sobre a importância de as mulheres negras ocuparem os espaços de poder.

Marielle, moradora da favela da Maré, foi eleita com quase 47 mil votos para a Câmara Municipal do Rio e seu mandato foi marcado pela defesa dos direitos humanos e por denúncias de abusos policiais.

Na justificativa para a criação da data, o governo afirma que o assassinato de Marielle é um retrato da violência contra mulheres negras no país.

Cinco anos depois, estão presos por suspeita de envolvimento no crime o policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, e o ex-policial militar Elcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado na execução. Mas os mandantes não foram identificados e deputados e deputadas cobraram justiça no Plenário da Câmara, como disse a deputada Benedita da Silva (PT-RJ).

“Como uma parlamentar que morou 57 anos da minha vida na favela, não poderia deixar de lembrar Marielle Franco no dia de hoje, como temos feito há 5 anos. Quem mandou matar Marielle? Foi uma execução e não teve outro motivo se não motivo político.”

A deputada Dandara (PT-MG) também homenageou Marielle.

“O presidente Lula fez um importante gesto: apresentou um projeto de lei para a gente ter o dia de enfrentamento à violência política de gênero como o dia 14 de março, dia Marielle Franco, para que nunca nos esqueçamos que o Brasil é um dos países mais perigosos para os lutadores dos direitos humanos. Aqui quem luta por direitos, por igualdade, por justiça, corre sérios riscos de vida.”

A bancada do Psol, mesmo partido de Marielle, apresentou requerimento para que o projeto do governo tramite junto com proposta parecida. O projeto (PL 6366/19), apresentado por dez deputados do partido, institui 14 de março como Dia Nacional das Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, também como homenagem a Marielle.

O deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), que era amigo de Marielle, defendeu o legado da vereadora.

“Marielle é semente que já está germinando por aí, com tantas companheiras, com tantas mulheres, com tantas pessoas que, inspiradas por Marielle, ou indignadas com sua execução, não se calaram. Porque os mandantes, aqueles que arquitetaram a execução de Marielle, isso eles não podiam ganhar e nisso eles foram derrotados. Porque eles queriam nos impor medo.”

O projeto dos deputados Psol, que também institui 14 de março como data para homenagear Marielle Franco, já está pronto para ser votado no Plenário da Câmara.

Da Rádio Câmara, de Brasília, Antonio Vital.

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